"O lírio dos prantos produz o mais mortal dos venenos, mas quando colhido no primeiro dia de primavera gera uma poção capaz de curar qualquer enfermidade."
(Hückel - o Alquismista)

O tempo não poderia estar melhor, o Marido cuidava da plantação enquanto a Esposa preparava a refeição e observava seu pequenino filho dormir, um dia tipicamente normal para aquela simples família. O Marido ouviu alguns sons vindos ao longo da estrada, mas nem se preocupou, pois passavam muitos viajantes naquela região. Quando três homens se aproximaram o Marido viu que aquele trio tinha algo de suspeito e avisou a Esposa para que ela se escondesse com o filho dentro de casa, enquanto ele iria averiguar quem eram aqueles estranhos. Quando percebeu do que se tratava já estavam próximos demais. O Marido se desesperou e correu de encontro com os três os atacando com sua enxada, mas não pode detê-los, eles eram muito mais ágeis e tinham as armas adequadas para uma briga. Assim que mataram o Marido os três forasteiros seguiram para casa e arrebentaram a porta encontrando lá dentro a Esposa em prantos agarrada ao seu bebê, eles a arrastaram para dentro da floresta junto com seu filho, lá eles mataram a criança em frente a mãe e fizeram horrores com ela, mas a deixaram viva. Voltaram até a casa e atearam fogo em tudo, não sobrando nada.

Histórias contavam que pessoas que passavam pela floresta encontravam uma mulher que chorava, e onde suas lágrimas caiam nasciam os mais belos e perfumados lírios, que foram chamados de Lírio dos Prantos, não se sabe até onde a história é verdadeira, mas essa flor só é encontrada num bosque perto daquilo que restou de uma pequena cabana que a muito foi consumida pelo fogo.
Por Mônica Fracca
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