O Andarilho


"Escutei essa de um homem antes do enforcamento, entre um trago e outro de um cachimbo que providenciamos como ultimo desejo: Não se preocupe, outro Andarilho virá". Minutos depois a correria. Em vez do homem debaixo do capuz estava a esposa do conselheiro da Cidade do Porto. Por sorte evitaram a morte da moça, mas não a fuga do tal andarilho." 
- Allain Kuhliggan, Cavaleiro da Guarda

O Andarilho é o Deus mais cultuado nos suburbios, por alguns piratas, bardos, jogadores, viajantes e prostitutas, mendigos e ladrões. Diz a lenda que um viajante encapuzado ganhou fama no princípio das navegações como um ladrão que não se podia apanhar, além de compor canções sobre seus próprios feitos e propagar suas lendas pelas tavernas nos subúrbios pelos reinos. Em seu último momento de vida, prestes a ser enforcado, ele pediu aos deuses que o salvassem, e dentro da masmorra surgiu a imagem de um homem velho, encapuzado, que lhe entregou um par de luvas. O velho carregava um instrumento de corda e juntos cantaram uma canção, que foi composta naquele momento, sobre os feitos que este homem ainda realizaria. O homem conseguiu fugir magicamente da forca e contou aos seus semelhantes sobre o tal Andarilho. Desde então seus feitos correram por muito tempo, e quando pensavam que o tal Andarilho havia morrido, novamente surgiam notícias de algum furto ou golpe. A lenda cresceu e ganhou fama, hoje diz-se que o Andarilho pode assumir várias formas, como O Mendigo, O Bardo ou O Ladrão e que a crença em seu nome tornou seus adeptos habilidosos e furtivos. Não há um local para o culto deste Deus, e mesmo já ouvi dizer que as tavernas são seus verdadeiros templos e pontos de encontro dos seus fiéis fora-da-lei.


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