"... Fazia muito frio na floresta densa e os outros respiravam ofegantes aconchegados dentro do imenso tronco presente ali à beira do riacho. Um som rasante de flechas rasgou o ar e acertou no peito meu amigo Duncan, que fechou os olhos. Corri pra trás do tronco e vi mais dois serem acertados e tombarem. Muitos gritos vinham do topo das árvores e corri junto de mais cinco, preparando nossas bestas.
Não sabíamos de onde vinham as setas envenenadas...e quando os outros trés que ainda corriam ao meu lado caíram decidi parar e ao menos olhar nos olhos meus inimigos. Nesse momento um relâmpago reluziu no céu e as flechas cessaram. Arvores caíram e após o clarão e o estrondo pude ver uma figura com um manto vermelho e olhos faiscantes, que me tomou pelo braço e me estendeu um cantil. "Nunca conheci água mais vitalizante em minha vida..." eu disse. " Talvez nunca venha a conhecer..." ele me respondeu, e seguiu entre as árvores. Tentei segui-lo sem sucesso.Após este dia não retornei às batalhas, e desde então imagino quem seria aquele homem. Um dia numa estalagem em Lança do Mar escutei de um velho bardo decadente uma lenda parecida, ocorrida em alto mar há séculos com o povo elfo. O chamavam " O velho", mas ninguém pôde dar mais informações."
Bratt Almadro - Meio elfo ferreiro
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