O Último Monastério

Os primeiros homens que habitavam o sul não conheciam trabalhos em metais, sendo assim não eram treinados em lutas com espadas ou no uso de armaduras. Mas haviam perigos e eles precisavam se defender, desenvolveram então técnicas de lutas corporais onde as armas se resumiam a socos e chutes. Suas habilidades eram notáveis e nas pequenas aldeias que habitavam sempre havia um local destinado ao ensino destas artes.

Quando os homens do norte surgiram das montanhas com suas espadas, os primeiros homens não puderam defender seu lar e foram esmagados e se refugiaram nas montanhas mais ao sul. Mas os colonizadores conheceram o mal que habitava as florestas e foram surpreendidos e derrotados e então buscaram uma aliança com os verdadeiros donos do sul. Após a batalha, que acabou com a vitória dos homens, surgiam os Reinos do Sul. Os primeiros homens fascinados com o poder do metal logo foram deixando de lado sua antiga técnica de luta e os monastérios, locais onde eram ensinadas tais técnicas, foram deixando de existir.

Nas montanhas que servirão de refúgio após a invasão alguns dos primeiros homens permaneceram e ali fizeram aldeias seguindo as antigas tradições. Numa das mais isoladas dessas aldeias as artes da luta nunca deixaram de ser ensinadas, os melhores mestres mantiveram os ensinamentos para todos que desejassem. E assim a arte nunca deixou de ser ensinada. Com o tempo muitos homens começaram a buscar tais conhecimentos e o monastério sobrevive até hoje. Após um certo tempo de aprendizado os monges, como são chamados aqueles que dominam as técnicas de luta, deixam o monastério por um período e vão aprimorar seu conhecimento vagando pelo mundo. Alguns voltam para completar o treinamento e ficam no monastério para ensinar os novatos. E assim O Último Monastério do sul continua na sua nobre missão de doutrinar nas artes do combate desarmado todos aqueles que buscam o conhecimento.

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