O Salão dos Tempos

"Já houve um tempo em que o culto ao Homem sem Face era respeitado. Haviam templos magníficos por todo o mundo, mas um deles possuía certo prestígio. Havia este sido um presente do deus aos seus devotos. Era conhecido como o Salão dos Tempos.

O templo foi erguido na região de Aridah antes da imensa batalha dos deuses que destruiu o local. Quando a região sucumbiu após o embate divino o templo permaneceu intocado e foi o único lugar de toda a região amaldiçoada que não sofreu os efeitos devastadores do combate. Ali permaneceu e sua existência ainda era conhecida por muitos, mas chegar até lá exigia uma incursão pelas terras malditas o que fez com que fosse evitado. Chegou o tempo em que o culto ao deus da Morte caiu no esquecimento e seus templos foram destruídos pelos devotos de outros deuses, aqueles que sabiam da existência do Salão dos Tempos eram poucos e já contavam com muitos anos de vida, quando foram chamados aos salões celestes do senhor da Morte, levaram consigo sua sabedoria e o templo de Aridah tornou-se uma lenda.

Em uma de minhas muitas aventuras eu encontrei um templo destruído, após uma breve investigação descobri que pertenceu ao culto do Homem sem Face. Muita coisa ali já havia sido saqueada, mas nenhum dos saqueadores se interessou pelo que eu considerei o maior tesouro. Encontrei naquele local destruído um livro, nele haviam relatos que provavam que a lenda era real.

Uma das passagens do livro continha informações sobre o Salão dos Tempos e seu interior. Não era exatamente um local de devoção e orações, mas sim um abrigo para a maior dádiva que um homem pode receber, o conhecimento. O templo era constituído de quatro salões, os três primeiros exigiam um teste, um valor deveria ser provado para que a porta que levaria ao próximo salão fosse aberta. A única informação a respeito dos testes que encontrei foi que eles mudam de acordo com a pessoa que os realizam. Aqueles que mostram serem dignos de merecimento podem então adentrar ao quarto e último salão, onde são agraciados com visões de coisas que já ocorreram e de coisas que ainda virão."

do livro "Lendas de Ferius" de Falingh Tulinne

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